Ela nem responde entretida com a mosca, as asas transparentes e os anéis do corpo.
Ou será da morte que ela se devaneia...
Ou será da morte que ela se devaneia...
A voz indaga, conta, espera, e ela agarra uma asa do bicho, réstia de rendilhado ali sobre a mesa, o cadáver do insecto entre os seus dois dedos.
Na sala iluminada com luz forte, apenas ela, Mariana, e aquele senhor que despiu o casaco e o colocou nas costas da cadeira.
Na sala iluminada com luz forte, apenas ela, Mariana, e aquele senhor que despiu o casaco e o colocou nas costas da cadeira.
- Duas vezes...
A voz do homem ecoa pela sala, só paredes nuas, e nem mais janelas que aquele pedaço de vidro a correr junto ao tecto.
A voz do homem ecoa pela sala, só paredes nuas, e nem mais janelas que aquele pedaço de vidro a correr junto ao tecto.
Duas punhaladas no pescoço, diz ele.
Ódio premeditado ou gesto incontido?
Quer que fale disso.
Como é belo o olho da mosca, assim, visto de perto.
4 comentários:
Digno de um filme de suspense.
Beijos
E quando as moscas somos nós?
aquelas tiras laranjas de grude, tem tantas tantas tantas Berk dizem as pessoas
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