quarta-feira, 5 de outubro de 2011

olhos de insecto



Ela nem responde entretida com a mosca, as asas transparentes e os anéis do corpo. 
Ou será da morte que ela se devaneia...
A voz indaga, conta, espera, e ela agarra uma asa do bicho, réstia de rendilhado ali sobre a mesa, o cadáver do insecto entre os seus dois dedos. 
Na sala iluminada com luz forte, apenas ela, Mariana, e aquele senhor que despiu o casaco e o colocou nas costas da cadeira.
- Duas vezes... 
A voz do homem ecoa pela sala, só paredes nuas, e nem mais janelas que aquele pedaço de vidro a correr junto ao tecto.
Duas punhaladas no pescoço, diz ele.
Ódio premeditado ou gesto incontido?
Quer que fale disso.
Como é belo o olho da mosca, assim, visto de perto.

4 comentários:

wind disse...

Digno de um filme de suspense.
Beijos

wind disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jorge Pinheiro disse...

E quando as moscas somos nós?

Claire-Françoise Fressynet disse...

aquelas tiras laranjas de grude, tem tantas tantas tantas Berk dizem as pessoas

adoro estes espectáculos - este é no mercado de Valência

desafio dos escritores

desafio dos escritores
meu honroso quarto lugar

ABRIL DE 2008

ABRIL DE 2008
meu Abril vai ficando velhinho precisa de carinho o meu Abril

Abril de 2009

Abril de 2009
ai meu Abril, meu Abril...




dizia ele

"Só há duas coisas infinitas: o Universo e a estupidez humana. Mas quanto à primeira não tenho a certeza."
Einstein