segunda-feira, 2 de maio de 2011

pediria

ah! nem que fosse apenas um ditongo! sílabas despegadas que caissem como pingos de chuva a fazerem lagos de palavras!
ou nem tanto!
tão só o que bastasse para dizer o perfume de uma manhã de sol ou o cheiro acre da terra depois da trovoada. 
contar de fadas, arengar de demónios.
falar dos homens seria pedir demais, que são contos a necessitar palavras rebuscadas, muitas frases, parágrafos, diálogos: coisas só para mestres.
bastar-me-iam letras que se emparceirassem num verbo, num nome que chamasse outro até ficar um dito.
ah! palavras com que dissesse tristeza e alegria, ou um recanto de paisagem, ou a elegância de um gesto, ou um dizer jocoso suspenso entre duas frases!

pediria essa graça, mas não me atrevo a incomodar os deuses

4 comentários:

Benó disse...

Não precisas pedir aos deuses pois tu tens o dom da palavra escrita.
Desejo-te uma ótima semana.

Jorge Pinheiro disse...

Já te disseram que fazes lembrar (e muito) o Ary dos Santos?

Fátima Santos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
wind disse...

Gostei.
Beijos

adoro estes espectáculos - este é no mercado de Valência

desafio dos escritores

desafio dos escritores
meu honroso quarto lugar

ABRIL DE 2008

ABRIL DE 2008
meu Abril vai ficando velhinho precisa de carinho o meu Abril

Abril de 2009

Abril de 2009
ai meu Abril, meu Abril...




dizia ele

"Só há duas coisas infinitas: o Universo e a estupidez humana. Mas quanto à primeira não tenho a certeza."
Einstein