um grão da areia a rebolar entre os teus dois dedos e o sol de frente
o sol muito intenso na hora do zénite
o grão tão rijo parece um mundo redondinho ali aconchegado
e quem sabe
quem pode dizer daquele pedacinho de quartzo
um planeta sujeito a forças imensas e só tu saibas que são apenas as forças dos teus dedos
um baguinho de entre a multidão incontável de tantos outros ali na praia
nem um fiapo de nuvem e o mar em espumas sossegadas
e entre os teus dois dedos talvez haja um outro ser deitado numa outra areia
2 comentários:
Tão poético!
Beijos
E se escorregássemos nesse quartzo e fossemos areia que voa pelo mar entrando?
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