se me fosse dado, queixava-se
se bem que soubesse que lhe tinha sido dado isso e outro tanto
se bem que soubesse que lhe tinha sido dado isso e outro tanto
saberia, decerto
apenas tinha inscrito, sei lá onde, um melaço, um qualquer uguento que lhe emperrava as células: recuos e avanços coartados ainda antes que tivesse sido o que quer que fosse
um dom em reverso: o peito feito aos desafios, e no entanto, os pés assentes e as mãos cruzadas numa inatitude
um quase medo, mas nem era isso, que rejubilava, ria, convencia-se, e no final, antes de ter a consciência que era improduto, dizendo ou não palavras, era sempre aquele : hoje não faço, mas amanhã, decerto
um quase medo, mas nem era isso, que rejubilava, ria, convencia-se, e no final, antes de ter a consciência que era improduto, dizendo ou não palavras, era sempre aquele : hoje não faço, mas amanhã, decerto
e rematava: se me fosse dado
estava-lhe nos genes
3 comentários:
A preguiça, o esperar sentado, o não viver:)
Beijos
As coisas dadas não implicam opção. Temos de aceitar.
foi-me dado... mas esqueci-me de ir buscar... a gravura.
:S
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