A rua tem uma paliçada, lá ao fundo.
Olho o relógio: seis da tarde. Está a ficar escuro. Nem passa um carro. Nem surge gente. Nem gato ou cão vadio.
Olho o relógio: seis da tarde. Está a ficar escuro. Nem passa um carro. Nem surge gente. Nem gato ou cão vadio.
Vou descendo.
A paliçada é, afinal, um taipal de obra. Tem alguma coisa escrita. Um nome. Não. Apenas um número e a palavra vendo em caracteres enormes.
Eu moro na casa seguinte.
Nem escrevi carta a dizer retorno. Nem disse um dia apareço.
A porta foi pintada de encarnado.
Está só no trinco. Empurro.
Cá dentro faz fresco.
O cão de loiça está no mesmo sítio. Intacto. .
Oiço a voz de Bia:
- Ele nunca mais voltará, garanto-te - e pela casa ecoa o rir de duas vozes.
Eu moro na casa seguinte.
Nem escrevi carta a dizer retorno. Nem disse um dia apareço.
A porta foi pintada de encarnado.
Está só no trinco. Empurro.
Cá dentro faz fresco.
O cão de loiça está no mesmo sítio. Intacto. .
Oiço a voz de Bia:
- Ele nunca mais voltará, garanto-te - e pela casa ecoa o rir de duas vozes.
Eu, a vir de tão longe, saio sem fazer barulho.
2 comentários:
Que solidão!
Beijos
Há enganos asim...
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