A aflição dos que se
foram
a dor que terá sido,
essa,
não me consinto
imaginar,
recuso.
Penso, sim, nos vivos:
pais e mães e avós e
filhos
(sobretudo esses)
Atormenta-me a dor que
lhes imagino.
Que cada um saiba onde
buscar alívio,
desejo,
eu que nem sei de shivas
ou deuses gato
ou mesmo jesus cristo,
ou o todo poderoso
anjos...
Eu egoísta,
eu amarfanhada do meu
medo,
penso neles e,
ignorante dos desígnios
dos céus, balbucio:
não suportaria uma dor
semelhante.
E, porque não sei outro
modo,
finjo que oro.
Pedrógão Grande
Pedrógão Grande
1 comentário:
Escreves soberbamente aquilo que também sentimos!
Beijos
Enviar um comentário