Terão finalmente pensado neles.
Terão sabido de cada um o nome e ouvido as razões.
Terão decidido de lugar para banho e um tecto debaixo de onde e o mais que lhes é devido pela simples condição de serem filhos de pai e mãe, mesmo que desconhecidos ou esquecidos. O que lhes é devido por terem um nome, ainda que sem apelido, ainda que apenas com a alcunha que lhe foram dando. Apenas pelo direito que lhes assiste a serem gente.
Bela acção!
Que os nossos edis, com este jeito de pensarem as gentes da cidade, de caminho embelezaram o espaço da estação também ela um tantinho abandonada à sua sorte.
mas diz que eles andam como que varridos pelo areal...
não acredito que os tenham, tão só, banido do local...
digam que não é verdade
em nome de quê, então?
em nome de quê, então?
5 comentários:
Ponto de vista muito humanista, professora!
Nesta cidade que um dia me fez partir, continua a reinar o ambiente altamente competitivo e egoísta, em que cada um vê o outro como um rival, a propagação de atitudes que levam ao isolamento e a rivalidade entre as pessoas, cada um pensa mais em si próprio e dedica menos tempo para auxiliar e perceber o outro.
Um excelente texto.
A limpeza da estação é coisa que se impõe e espero que continue..No entanto, pensei como tu em relação aos sem-abrigo. Obrigada por o teres escrito tão bem.
Escritora, ao menos em Lisboa não fazem limpeza aos sem-abrigo...
Beijos
A Roménia é sempre um bom destino...
Teriam sido deportados para a Roménia,
como fez o Sarkozi!
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