segunda-feira, 30 de agosto de 2010

eles


Terão finalmente pensado neles.
Terão sabido de cada um o nome e ouvido as razões.
Terão decidido de lugar para banho e um tecto debaixo de onde e o mais que lhes é devido pela simples condição de serem filhos de pai e mãe, mesmo que desconhecidos ou esquecidos. O que lhes é devido por terem um nome, ainda que sem apelido, ainda que apenas com a alcunha que lhe foram dando. Apenas pelo direito que lhes assiste a serem gente.
Bela acção!
Que os nossos edis, com este jeito de pensarem as gentes da cidade, de caminho embelezaram o espaço da estação também ela um tantinho abandonada à sua sorte.

mas diz que eles andam como que varridos pelo areal...
não acredito que os tenham, tão só, banido do local...
digam que não é verdade

em nome de quê, então?

5 comentários:

Canalha de Lagos disse...

Ponto de vista muito humanista, professora!

Nesta cidade que um dia me fez partir, continua a reinar o ambiente altamente competitivo e egoísta, em que cada um vê o outro como um rival, a propagação de atitudes que levam ao isolamento e a rivalidade entre as pessoas, cada um pensa mais em si próprio e dedica menos tempo para auxiliar e perceber o outro.

Um excelente texto.

Mena G disse...

A limpeza da estação é coisa que se impõe e espero que continue..No entanto, pensei como tu em relação aos sem-abrigo. Obrigada por o teres escrito tão bem.

wind disse...

Escritora, ao menos em Lisboa não fazem limpeza aos sem-abrigo...
Beijos

Jorge Pinheiro disse...

A Roménia é sempre um bom destino...

vieira calado disse...

Teriam sido deportados para a Roménia,

como fez o Sarkozi!

adoro estes espectáculos - este é no mercado de Valência

desafio dos escritores

desafio dos escritores
meu honroso quarto lugar

ABRIL DE 2008

ABRIL DE 2008
meu Abril vai ficando velhinho precisa de carinho o meu Abril

Abril de 2009

Abril de 2009
ai meu Abril, meu Abril...




dizia ele

"Só há duas coisas infinitas: o Universo e a estupidez humana. Mas quanto à primeira não tenho a certeza."
Einstein