A ilustrar este dia, poderia fazer uma graça, dizer uma falsidade para, logo, logo, emendá-la.
Podia, mas nem quero.
Que nem posso entrar nesses brinquedos, tão farta estou de tanto mentiredo.
Que nem posso entrar nesses brinquedos, tão farta estou de tanto mentiredo.
O que me ocorre, a nadar à superfície da minha indignação, a sobressair da nata de mentiras que são o nosso dia-a-dia, são aqueles padres.
E os outros.
O circo dessa gente devota a seguir as pegadas dos que andaram a dizimar deuses e crenças e culturas para construir impérios, aqueles que professaram a fazer voto de castidade, os homens cobertos de capas e mais capas, que nem só as que trazem vestidas nas homilias a tapar-lhes os falsos pudores, mas as capas que têm na alma: camadas e mais camadas de mentiras como se fossem cebolas.
E choram.
Lágrimas, também elas falsas, a pedir perdão do que nem Deus perdoa!
O circo dessa gente devota a seguir as pegadas dos que andaram a dizimar deuses e crenças e culturas para construir impérios, aqueles que professaram a fazer voto de castidade, os homens cobertos de capas e mais capas, que nem só as que trazem vestidas nas homilias a tapar-lhes os falsos pudores, mas as capas que têm na alma: camadas e mais camadas de mentiras como se fossem cebolas.
E choram.
Lágrimas, também elas falsas, a pedir perdão do que nem Deus perdoa!
Neste um de Abril radioso, nem é da comunidade dos que impõem o preço da laranja, que me lembro, eles que inventam falsos dígidos quando o produto aparece à venda no mercado.
E nem é dos que acumulam, a deixar tantos na miséria.
E nem dos que se arrebentam a matarem às centenas, na fezada de terem o paraíso ali à porta. Não é deles que me lembro a querer celebrar condignamente o dia das mentiras festejado.
Neste dia, hoje, do que me lembro é dessa padralhada dada a caridades e que mais valia se contentasse com beatas de confessionário.
4 comentários:
Andam de facto mentiras a maispor aí. Mas sabes, eles não sabem o que fazem...
Pois Escritora, e muitos ainda ficam impunes pela pedofilia que fazem!
Um nojo!
Beijos
Fantástico, vizinha! E a minha amiga deve facilmente imaginar que, apesar dos grandes e diversos fossos que pontuam a geografia da nossa diferença, nestas coisas das hipocrisias religiosas bem como podíamos caminhar de mãos dadas por uma qualquer nave afora, direito a um altar da nossa devoção, aquela, a que é feita das vias sacras por que cada um tem que passar todos os dias. (Lembrei-me muito do Torga, ao ler-te.) Beijos!
Padralhada nojenta desde sempre!
beijo
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