A morte, todas as mortes,
é como a vida, todas as vidas,
obra da criação.
Morrer é, em todas as circunstâncias,
como a vida,
despida de circunstâncias,
um acto belo de amor.
Na roda eterna da vida
quando alguém
atravessa a ponte
para a outra margem,
é vida que a outro
nesta se dá.
A quantos milhões de seres
devo minha vida...
A quantos a minha
vida dará...
Chorar a morte
é chorar a vida
que em si
não se deixou viver.
Morrer por amar
é abraçar a beleza da vida.
Pode partir o ser,
que eterno será sempre
o amor.
poema que ela escreveu um dia, ainda a vida lhe era e ela já sabia que este dia chegaria
obrigada
5 comentários:
Belo!!! Saio sentindo as palavras...muitos beijos.
Escritora, aqui deixas-me sem palavras.
Beijos
Do dentro da minha vida, presto-lhe homenagem.
Infelizmente, uns de entre nós, vivemos com a certeza deste dia.
Não devia ser assim...
Foi este o poema que me apeteceu ler para quem, naquele momento a acompanhava. A minha timidez perante a grandeza daquela mulher, silenciou-me!
Muito sentido,
agremente poético
o teu poema.
Bjs
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