Deixamos a palavra
e o canto
D’A Liberdade
contamos
o sol que brilhou no dia pardo
a madrugada que foi dia e tarde e
nunca mais houve depois uma só noite.
Deixamos a palavra
dizer
D’A Liberdade
O coração que batia forte
A lágrima e o sorriso
O riso
O canto
O abraço
A fraternidade vivida em cada um
por todos.
Deixamos a palavra
Não mais que a palavra
gravada a fogo
no coração da gente.
Deixamos a palavra
O grito que ainda gritamos
mas é pouco...
Deixamos nela só o conto
D’O Abril que nos foi vivido e não nos morre.
10 comentários:
E... chegaremos para o não seixar morrer?
*deixar...
Não deixamos que morra, não podemos deixar que isso acontaça.
Lindo o teu poema.
Deixo-te um beijinho em forma de cravo vermelho.
fantástico post poetisa...
o 25 de abril como deve ser lido
por favor participe em www.luso-poemas.net. é um cantinho de literatura onde todos podem mostrar o seu dom, conversar com artistas com o mesmo gosto, trocar ideias e assim contribuir para que a chama fantastica da nossa cultura se manhtenha em cada um de nós.
de uma visita e se quiser participar, seria uma honra para nos ter tremendo artista no nosso cantinho.
grande abraço. luso poemas
É isso Escritora, enquanto houver gente que se lembre não pode morrer!
Belo poema:)
beijos
Abril sempre! @>-}-
Comemora-se hoje o nosso dia - o dia da LIBERDADE. Ai como o tempo passa. Ainda há pouco eu era prisioneiro de opinião no meu próprio país; ainda ontem engrossava a multidão com cravos. O tempo passou depressa e na pressa vai-se esquecendo que para haver liberdade muito foram os que lutaram e morreram.
Volto ao antes de ontem, adolescente, escrevendo poemas por metáforas com medo de ser preso. Hoje, quando a democracia se encontra em pleno, volto a pensar que os meus sonhos de Abril –as minhas mãos cheias de cravos – não mais são que sonhos e resquícios dum odor de cravos vermelhos envergonhado. A vida está melhor, pois claro! Pudera. O que fizeram aos muitos milhões de financiamentos que entraram ao longo dos anos. A vida está melhor? Sim, para alguns! A vida está a ficar pior para a maioria do nosso povo. Graça o desemprego, o trabalho precário e este tremendo combate aos funcionários públicos feitos réus pelos políticos.
Hoje é o nosso dia – o dia da Liberdade. Viva o 25 de Abril
Rogério Martins Simões
Foi pena não teres posto o poema ao lado do cravo...
Abril, JÁ!
O natureza fria e etérea das palavras...
Enviar um comentário