porque nem o meu blog aguenta mais com tanta fantochada, tanta hipocrisia e eu estou muito triste por tão mal ver cuidada a VIDA!
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e este feito a pensar nestas e noutras tantas mulheres! moças!
Arrastada a moça
divulgada na praça
atadas as mãos atrás da saia
atadas as tranças em laçada
azul nos laços soltos
azul no céu.
Passavam dez das duas da tarde.
Moça de saia amarrotada
o sol queimava-lhe.
Desfizeram-lhe as tranças
soltaram-lhe as mãos.
Na parede ficou um risco encarnado.
Dez depois das duas da tarde
o sol brilhava e o céu era de azul.
Sangue de mocidade.
Sangue vermelho em céu azul.
Na praça, nunca mais caiado,
o muro.
10 comentários:
...e no muro ficaram recados!
Um poema cheio de poemas nas palavras e na alma. Gostei muito!
Abraço.
... um poema de intervenção que é mais um apelo de ida às urnas. Que este apelo não caia em saco roto, é o que eu gostaria de constatar. E que a seguir ao voto, não imaginemos "que já cumprimos a nossa obrigação". Há muito para exigir nesta matéria...
Dia 11 tenho a certeza que vamos ser muitos. Eu vou lá estar.
beijinho
Gi
... os muros da incompreensão
daqueles que não sabem do que falam . desfizeram-na toda
lindo . lindo como sempre .
SIM
também porque as tuas palavras até doeram...
SIM, seguramente! Mais vale tarde, que nunca...
Escritora, claro que SIM!
beijos
O poema é lindíssimo. Relativamente a este assunto, o meu sentimento é o mesmo. E felizmente, apesar de tantos se terem abstido, o resultado permite, pelo menos, começar a mudança. **
a poesia é (pode ser) uma arma...
excelente.
Beijos
... concretizou-se um dos passos mais importantes. Felizmente.
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