quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006
nunca
Nunca lhe falaste nessa dor.
Esse pequeno pico de dor que vem do peito
Uma ferida sob a pele que for
Um durão correndo debaixo do teu dedo.
Nunca lhe falaste nessa outra dor mais fina
Uma dor também mais quente
Mais estendida.
Uma dor que apanha o corpo todo
e a alma...
Nunca lhe falaste.
E no entanto, sorris às suas dores
acalentas
como que as lambes feito gata
como se salivasses cada crosta
cada ferida aberta, ao ar exposta.
Nunca lhe falaste nessas dores que sentes.
Nunca lhe disseste das feridas não saradas.
E vais sorrindo
vais aparicando
vais tentando que não sinta.
E aumenta a tua dor espalhada
E cresce a dor em pico que ora sentes.
(E bastava, apenas, que escutasse.
Que ouvisse o teu silêncio enquanto falas.)
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adoro estes espectáculos - este é no mercado de Valência
ABRIL DE 2008
Abril de 2009
dizia ele
"Só há duas coisas infinitas: o Universo e a estupidez humana. Mas quanto à primeira não tenho a certeza."
Einstein
Einstein
7 comentários:
O silêncio diz tanto. Porque é que eles não ouvem?
Mis um belo post, poema/imagem muito bem conjugados. beijos
Muito sensibilizante. Houvesse quem ouvisse e meditasse.
"Nunca"
poema triste
Gostei do "Nunca" é lindo
Beijocas Seilá
Porque é que tu me viras do avesso sempre que escreves? Tu olhas fundo nas almas, naquele fundo que se tenta esconder...
Beijão
Já vai sendo tempo de se acabarem de vez com as dores não reveladas, que não saram, que são feridas expostas, com o engolir tudo... no feminino e... porque não no masculino. Não é verdade?
Ou NÃO???
:))))
beijos beijos
Beijos e abraços 5x
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