segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

vida

Não podes encontrar memórias
elas fogem-te.
Não podes cavalgar o som de ventos
eles foram-se.
Um muro de pedra cresceu
enverdeceu de musgos
cobriu-se de erva
ensopou em sangue.
No sopé do muro, uma trincheira, um fosso
um muro e um fosso entre o passado e o presente.
E tu...
a procurar memórias
com olhos de fazer futuro.



Depois de uma pesquisa Google, a imagem foi retirada daqui com esta frase e que entendo estar subjacente ao que eu escrevi

Era unicamente o azul dos teus olhos que me prendiam...
Não as sombras, os medos, os silêncios que simultaneamente te envolviam

11 comentários:

wind disse...

Que grande poema! Caramba, entrou bem dentro do coração, da cabeça e deu um estalo. Força aí:) beijos

lique disse...

Que te posso dizer que ainda não te tenha dito sobre o que escreves? Acho que não dá para acrescentar nada, só que (não sei porquê) o que dizes neste poema me faz lembrar alguém... :))
Beijos

Anónimo disse...

está muito forte a imagem...o poema? belo como sempre.

Conceição Paulino disse...

relativamete ao poema digo /expressa mt' bem a nossa impossibilidade de viajar na vida, ao contrario. A solucao e andar em frente , olhar para diante e e pensar o futuro. A imagem e poderosa e dolorosa,mas articulam/se bem, texto e imagem. Bjs e sorrisos

Anónimo disse...

É no passado que se encontra todo o nosso futuro, sem ele não havia presente... " Procurar memórias com olhos de fazer futuro" A imagem está magnifica.

Beijos, Feliz Natal

segurademim disse...

Que triste!!!

BJ :)

Anónimo disse...

Olá querida! peço desculpa pelo sumiço, fim de ano é realmente uma correria, trabalho, faculdade, estou a ficar louca...
... E com saudades!

agua_quente disse...

Belíssimo poema!
Vamos fazer uma interrupção até Janeiro. Boas Festas e uma boa entrada em 2006!
Beijos

Conceição Paulino disse...

Bom f.s e Boas Festas ;) Bjs e ;)

Anónimo disse...

Passei por este teu cantinho para deixar os meus votos de Feliz Natal e Próspero Ano Novo! :)

Amaral disse...

Sabes que, de acordo com muitas opiniões, a poesia não se comenta, sente-se! Acho que é bem verdade. A poesia tem de ser saboreada para ser apreendida. Dita ou lida como uma tabuada, não deixa ficar versinho nenhum. E quando não são muito longas, como a tua, apetece ler e reler.
Este teu poema tem aquilo que o meu último post tem: vida, passado e presente.
Ilustraste muito bem o post.

adoro estes espectáculos - este é no mercado de Valência

desafio dos escritores

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meu honroso quarto lugar

ABRIL DE 2008

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meu Abril vai ficando velhinho precisa de carinho o meu Abril

Abril de 2009

Abril de 2009
ai meu Abril, meu Abril...




dizia ele

"Só há duas coisas infinitas: o Universo e a estupidez humana. Mas quanto à primeira não tenho a certeza."
Einstein