Deixo o olhar correr sobre a paleta de vermelhos.
O horizonte em início de ocaso
e
um Vénus solitário ali dependurado .
(apenas outro planeta a rodar-lhe em torno...)
Que brilho!
Que suavidade!
Num contraluz alaranjado, um pinheiro rendillha tudo.
Oiço que zurram, ladram, chilreiam...
Cacarejam, juro!
O fumo de um madeiro, que arderá em lareira,
espraia-se, muito ao longe...
Afiado, roça-me a pele este friozinho de Janeiro...
Devagarinho, cai um escuro leve lá do ceu...
uma aguada que algum pintor espalha...
ou seja Deus...
a aumentar a probabilidade de que aconteça nesta década...
que seja amanhã ou hoje...
Paz e saúde, terei implorado...
eu a cumprir o ritual das doze passas, a outra noite...
1 comentário:
Muito bonito!
Bom ano!
Beijos
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