o FB não me serve
as redes sociais dão-me em stress
não tenho jeito (e nem pachorra) para ver, ouvir e ser delicada
engulo muita merda desnecessária
chega!!
vou lincar para lá o que me apetecer, mas faço daqui para lá e não o inverso
agora vão aqui ficar alguns dos textos que escrevi ultimamente e depois volto ao directo do blog
era o tempo em que o coração nos chegava aos lábios
e um espirro
uma tosse
um ah! de espanto
um pequeno grito
e lá se nos ia o coração, voando
ficava-nos no peito o eco do seu palpitar
dia e noite esse tum tum tum sem jeito
e o coração da gente sabe-se lá por onde
era um tempo de desassossegos, esse
um tempo de paixões
Foi no dia 24 de há dez anos e eu dizia no post do convite colocado no meu Blog: um sonho dela feito nosso:T.C.Alves nas ilustrações, M. Correia nos textos; prefaciado pelo Jorge Castro
Ficam fotos do evento e a saudade
Abraços Amadeu, Maria Helena e Jorge
Abraço ao Cristiano Cerol (mostras-lhe Ana? obrigada)
Ficam fotos do evento e a saudade
Abraços Amadeu, Maria Helena e Jorge
Abraço ao Cristiano Cerol (mostras-lhe Ana? obrigada)
faz tempos, escrevi sobre a problemática dos meninos abandonados na Roda
sobre essas mulheres que lá os deixavam pela calada da noite, mães, amas, vizinhas...tantas...
sobre essas mulheres que lá os deixavam pela calada da noite, mães, amas, vizinhas...tantas...
outros tempos, outras misérias, outras ignorâncias
hoje que temos a pílula
anticoncepcionais vários
mulheres escolarizadas
segurança social
centros de saude com valências para mulheres grávidas
temos até uma lei de aborto...
anticoncepcionais vários
mulheres escolarizadas
segurança social
centros de saude com valências para mulheres grávidas
temos até uma lei de aborto...
hoje
os mesmos meninos indefesos
as mesmas mulheres...
os mesmos meninos indefesos
as mesmas mulheres...
que traves mestras falham ?
que ignorâncias?
que medos?
que desleixos?
que ignorâncias?
que medos?
que desleixos?
que país é este onde aquelas irmãs esfaquearam à morte o ainda quase feto, onde acontece uma violência adentro portas que já matou quase uma dezena de mulheres neste primeiro mês de 2019 e pelo menos uma criança...
que perguntas deveria eu fazer e desconheço?!
que mulheres e que homens nos crescem lado a lado e não os vemos?
em que bancos de escola?
em que bairros?
em que consultórios (não) os ouvimos, (não) lhes falamos?
em que bancos de escola?
em que bairros?
em que consultórios (não) os ouvimos, (não) lhes falamos?
para que raio, então, evoluimos?
para que raio, então, fazemos abris e igrejas redentoras?
para que raio, então, fazemos abris e igrejas redentoras?
é pouco acreditar no Homem Novo...
olhei em volta e dei por mim a pensar que nunca irei gastar estes lápis de cor e nem os de grafite...
irão cá ficar depois de mim...
irão durar nas mãos, quiçá, de alguma bisneta que se chame Lurdes...
alguém lhe irá dizer, num incentivo: "a tua bisavó paterna desenhava"
que eu irei ter uma bisneta que seja menina, os deuses ir-me-ão bafejar com essa dávida e será loirinha e de olhos verdes...
hão-de dizer-lhe: "até no feitio és tal e qual a tua bisavó, caramba!" e acrescentarão, espero, para que a menina não se entristeça: "mas lá no fundo, no fundo, era boa criatura"...
uma menina que será, quem o sabe, Mariana, e terá olhos castanhos e cabelos de azeviche...
também fará desenhos...
desenharão, uma e outra, com estes lápis que se multiplicam aqui de onde os olho...
verdes uns, outros laranja e variados em tons de azul
também os há castanhos
alguns rombos...
terão pertencido aos meus filhos, no tempo, ainda, em que era uso oferecerem-nos, pelo Natal ou pelos anos: meia dúzia de lápis de cor numa caixinha vistosa, e que contentes ficavam as crianças
depois, vieram as cassetes e os aipódes...
hoje, quem se lembra, quem se atreve, a ofertar lápis de cor...
irão cá ficar depois de mim...
irão durar nas mãos, quiçá, de alguma bisneta que se chame Lurdes...
alguém lhe irá dizer, num incentivo: "a tua bisavó paterna desenhava"
que eu irei ter uma bisneta que seja menina, os deuses ir-me-ão bafejar com essa dávida e será loirinha e de olhos verdes...
hão-de dizer-lhe: "até no feitio és tal e qual a tua bisavó, caramba!" e acrescentarão, espero, para que a menina não se entristeça: "mas lá no fundo, no fundo, era boa criatura"...
uma menina que será, quem o sabe, Mariana, e terá olhos castanhos e cabelos de azeviche...
também fará desenhos...
desenharão, uma e outra, com estes lápis que se multiplicam aqui de onde os olho...
verdes uns, outros laranja e variados em tons de azul
também os há castanhos
alguns rombos...
terão pertencido aos meus filhos, no tempo, ainda, em que era uso oferecerem-nos, pelo Natal ou pelos anos: meia dúzia de lápis de cor numa caixinha vistosa, e que contentes ficavam as crianças
depois, vieram as cassetes e os aipódes...
hoje, quem se lembra, quem se atreve, a ofertar lápis de cor...
com estes que dão o mote a semelhante relambório, escreverão, assim o desejo, uma Lurdes e uma Mariana..
talvez um Daniel que venha, depois, e seja primo delas...
talvez um Daniel que venha, depois, e seja primo delas...
será que era tudo muito mais simples se o planeta fosse plano
e vogasse, balouçando como berço, enquando o sol rodava em torno dele?!
e vogasse, balouçando como berço, enquando o sol rodava em torno dele?!
é que, eu que fui educada segundo as leis copernicianas, temo que o sol um dia destes almareie e ande saltitando de uma excentricidade a outra...
é tal o meu desespero que me dou ao luxo de imaginar tudo
que eu não me habituo com este estar já a mais de meio do segundo mês do ano, e não ter ainda digerido, em condições, o bolo rei
posso-me lá habituar a este concomitar das festividades?!
é que ainda tenho o sabor na boca da fruta cristalizada, e já apanho, dia e noite, com propostas para o dia dos namorados, o Carnaval e as almejadas férias da Páscoa...
posso-me lá habituar a este concomitar das festividades?!
é que ainda tenho o sabor na boca da fruta cristalizada, e já apanho, dia e noite, com propostas para o dia dos namorados, o Carnaval e as almejadas férias da Páscoa...
andará o nosso planetra a girar mais depressa do que é costume em torno do astro-rei?!
a girar loucamente sobre o seu eixo?!
a girar loucamente sobre o seu eixo?!
ou será que esta sensação do tempo a correr que nem um danado é uma característica do envelhecimento a que terei que me ir habituando?!
terei eu que aceitar que isto de trinta dias, doze meses, uma década, foi chão que já deu uvas e que, de agora em diante, é tudo ao molhe: horas, meses, dias, anos...um minuto ou o famigerado cagagésimo, tudo de roldão sem grande preceito, sem nada a ver com os intervalos de tempo que eram o meu desespero: duravam e duravam e nunca mais chegava o verão ou o fim de semana...menos ainda as férias...
ou será que o raio do planeta entrou em concorrência com a restante populaça do universo que, dizem os entendidos, há muito anda numa corrida desenfreada para o vermelho?!
o meu receio, e nisso imploro a protecção dos deuses, é que eu um dia destes, na ânsia de me regular com este andar do tempo, me ponha a jeito e seja disparada na primeira tangente
1 comentário:
Agora é que vi que este enorme post tem comentários. Gostei de tudo, pois já tinha gostado no Facebook.
Beijos
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