sábado, 11 de maio de 2013

co-autorias

Acabadinhos de sair da gráfica 
olha-os na estante do Eduardo 
o Lunardelli do Varal


olha a pinta deles 


mas não me fico por aqui nisto de co-autorias
irão estar três pecados meus, a saber: ira, preguiça e luxúria, 
com quem travei conhecimento lá pelo FaceBook
a capa poderá ser esta

deixo um cheirinho de um dos meus contos, um dos meus pecados

Ana Lúcia tem que confessar que está curiosa. Que a mana explique o que lhe quer naquela sala a cheirar a mofo, e lá fora um sol de primavera. E volta a sentar-se, ela que sempre foi a mais extrovertida e a mais viajada. Morreria virgem, mas isso eram manias que nem vinham ao caso. E volta a cruzar a perna direita sobre a perna esquerda. Modos de ter sido habituada a estar sentada muito tempo em estiradores altos. Desenho de arquitecto uma vida inteira. E num descuido de estar mal enfiada, cai-lhe no chão a chinela do seu pé direito. Fica uma mancha vermelha a brilhar, indiscreta, no encerado do chão de madeira, na saleta da irmã Henriqueta, sua irmã mais velha, que nem lhe dá tempo de tornar a calçá-la. Henriqueta pontapeie aquele objecto numa cor que ela disse, há nada, achar inadequado que Ana Lúcia use. Um gesto tão feio quanto inesperado. Uma raiva inusitada que Henriqueta solta sobre a chinelinha da irmã mais nova. Assim o sente Ana Lúcia e não se engana, a olhar a chinela que fica tombada junto à ombreira da porta, o corredor em fundo.

3 comentários:

wind disse...

Parabéns.
Beijos

Anónimo disse...

Maria de Fátima,
escritora premiada, disputada, requisitada. Uma intelectual em alta.
Obrigado pelo post.

Li Ferreira Nhan disse...

Viva!!!
O "aperitivo" esta pra lá de bom!!
Parabéns Fátima!!!

adoro estes espectáculos - este é no mercado de Valência

desafio dos escritores

desafio dos escritores
meu honroso quarto lugar

ABRIL DE 2008

ABRIL DE 2008
meu Abril vai ficando velhinho precisa de carinho o meu Abril

Abril de 2009

Abril de 2009
ai meu Abril, meu Abril...




dizia ele

"Só há duas coisas infinitas: o Universo e a estupidez humana. Mas quanto à primeira não tenho a certeza."
Einstein