se eu rezasse
se eu pusesse as mãos unidas e orasse:
"Senhor dos céus, lá nas alturas..."
se eu soubesse padre-nossos ou ladaínhas
mas eu quebrei o terço de contas brancas que me deram
e o livro de orações deixei-o ao sol e à chuva
encarquilhou-se, corroeu as folhas, e das letras só vislumbro borrões ilegíveis
resta-me balbuciar uns versos sem mais sentido do que serem
eles em vez de preces:
eles em vez de preces:
"deuses dessa imensidão que é o Universo
atendei o rogo desta humilde serva
intercedei para que seja de boa parição a sua hora
que tenha a mama abarrotada de néctar
que não lhe falte o pão, o mel, a água
e na hora do parto, dai-lhe,
Senhor Deus do Universo,
Vós que reinais sobre os outros deuses,
concedei-lhe aquele quanto baste de energia!
disso, eu hoje Vos rogo e agradeço!"
eu orando, assim, como se fosse...
3 comentários:
...e que a hora seja de boa parição e que seja bem pequenina. Assim seja.
Um abraço, Maria de Fátima.
E como se fosse, foi.
Boa Páscoa, Escritora:)
Beijos
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