segunda-feira, 28 de março de 2011

diálogos

sons surdos entre a gente. como se o ar circundante deixasse de transportar as vibrações. e ela: "pois..." e nem havia entre nós o abraço, o carinho a suplantar aquele silêncio. era como se os nossos ouvidos tivessem rebentado - pum! lá se fora o pedacinho de tecido. e no entanto, seria outra a razão do desentendido. um silêncio profundo a entremear-se nas palavras. e lembrei-me: talvez se eu chorasse, talvez se eu risse muito, gargalhasse. mas ela olhou-me, num e outro caso, com olhos de que olhasse um caso raro: coisa do demo, satanás, mafarrico. ou que eu tivesse enlouquecido. só depois de muito sofrimento: eu e ela, únicas neste imenso mundo. só depois percebi como fazer-nos companhia: deixei que ela me falasse dos seus dias. e fiquei ouvindo.


4 comentários:

wind disse...

Tão simples:)
Beijos

Jorge Pinheiro disse...

Pois é, podem ser complementares.
ET: devo estar a ir ai abaixo. Depois aviso. Beijos.

Mena G disse...

Ouvir é, cada vez mais, uma arte a apurar.

Anónimo disse...

Antes de dizeres que voltei a desaparecer, vai ao teu email ;)
Beijo

adoro estes espectáculos - este é no mercado de Valência

desafio dos escritores

desafio dos escritores
meu honroso quarto lugar

ABRIL DE 2008

ABRIL DE 2008
meu Abril vai ficando velhinho precisa de carinho o meu Abril

Abril de 2009

Abril de 2009
ai meu Abril, meu Abril...




dizia ele

"Só há duas coisas infinitas: o Universo e a estupidez humana. Mas quanto à primeira não tenho a certeza."
Einstein