sons surdos entre a gente. como se o ar circundante deixasse de transportar as vibrações. e ela: "pois..." e nem havia entre nós o abraço, o carinho a suplantar aquele silêncio. era como se os nossos ouvidos tivessem rebentado - pum! lá se fora o pedacinho de tecido. e no entanto, seria outra a razão do desentendido. um silêncio profundo a entremear-se nas palavras. e lembrei-me: talvez se eu chorasse, talvez se eu risse muito, gargalhasse. mas ela olhou-me, num e outro caso, com olhos de que olhasse um caso raro: coisa do demo, satanás, mafarrico. ou que eu tivesse enlouquecido. só depois de muito sofrimento: eu e ela, únicas neste imenso mundo. só depois percebi como fazer-nos companhia: deixei que ela me falasse dos seus dias. e fiquei ouvindo.
4 comentários:
Tão simples:)
Beijos
Pois é, podem ser complementares.
ET: devo estar a ir ai abaixo. Depois aviso. Beijos.
Ouvir é, cada vez mais, uma arte a apurar.
Antes de dizeres que voltei a desaparecer, vai ao teu email ;)
Beijo
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