domingo, 19 de dezembro de 2010

crime na estação de combóios

Tu sabes que eu sei tudo, Maria Ema e por isso permaneces aí sentada e nem uma lágrima: nada mais que esses olhos carregados de nada.
Tu sabes que está acontecendo, ali, debaixo dos meus olhos, não sabes, Maria Ema?
E nem um grito, nem um desassossego: esperas como se esperasses o combóio. E tu sabes que nem é isso que esperas: sabemos os dois.
Posso dizer-te: consumou-se agora.
E nem assim desvias o olhar desse infinito. E nem é triste o teu olhar distante, mas apenas de alívio, que tu sabes que foi cruel, sim, como pediste.

1 comentário:

wind disse...

Escritora, forte!
Beijos

adoro estes espectáculos - este é no mercado de Valência

desafio dos escritores

desafio dos escritores
meu honroso quarto lugar

ABRIL DE 2008

ABRIL DE 2008
meu Abril vai ficando velhinho precisa de carinho o meu Abril

Abril de 2009

Abril de 2009
ai meu Abril, meu Abril...




dizia ele

"Só há duas coisas infinitas: o Universo e a estupidez humana. Mas quanto à primeira não tenho a certeza."
Einstein