Tu sabes que eu sei tudo, Maria Ema e por isso permaneces aí sentada e nem uma lágrima: nada mais que esses olhos carregados de nada.
Tu sabes que está acontecendo, ali, debaixo dos meus olhos, não sabes, Maria Ema?
E nem um grito, nem um desassossego: esperas como se esperasses o combóio. E tu sabes que nem é isso que esperas: sabemos os dois.
E nem um grito, nem um desassossego: esperas como se esperasses o combóio. E tu sabes que nem é isso que esperas: sabemos os dois.
Posso dizer-te: consumou-se agora.
E nem assim desvias o olhar desse infinito. E nem é triste o teu olhar distante, mas apenas de alívio, que tu sabes que foi cruel, sim, como pediste.
E nem assim desvias o olhar desse infinito. E nem é triste o teu olhar distante, mas apenas de alívio, que tu sabes que foi cruel, sim, como pediste.
1 comentário:
Escritora, forte!
Beijos
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