quarta-feira, 11 de agosto de 2010

encontro memorável, sim senhora!

transpirava a terra e o mar resfolegando na noite de sueste (ou seja de levante)
e a gente bebendo falava dos amores
de sermos ali juntos
de tanto e de tão pouco
olhos sobretudo
os olhos da gente acariciando de uns aos outros 
que bom (re)conhecer-te , Claire - onde? de onde?
talvez fosse só o levante a trazer sonhos e tu a insisitir- conheço-te, e ao teu marido...de onde?
e foi o riso e o espanto e os comes e os bebes e os pois compreendes que sempre se dizem entre dois carapaus e umas cavalas: sabes? estes são sardinhas, Jorge, come!
Fernanda, que tanto derretemos! e como nem sabíamos comum esse prazer de ter um bichinho a passear no seio: ai como é suave o bafo de um gatinho rameloso!
(e fotos desses momentos de carinho, Jorge?!)
decorria um jogo de futebol e o nosso poeta, Calado só de nome, nem comeu no horário a ver um e mais outro golo
foi assim Madalena, não foi?! nem sabes o que perdeste, tu e o teu marido e os que ficaram em terra no amanhã, dia seguinte, dia oito!
o filme estava um espanto, dizem todos e eu acrescento: estava demais a apresentação com os Ephedra em fundo, sim senhora, Zé Francisco!
a Mena sempre atenta ao pormenor, que nem só o berbigão delicioso, em molho, ela trouxe! que em cada acontecer sentia-se o coração dela a bater - sentiram todos, tenho isso por certo! um brinquinho, diz cada um de nós a dizer obrigada à Mena e também ao Jorge
é que este encontro teve um qualquer quê de diferente
(para melhor, claro!)
e ainda nem percebi se foi do livro do João Menèes
se foi dos lápis que ele nos ofereceu (Madalena onde meteste o meu que não encontro e choro de ranho e tudo?)
se foi de estar levante...
ou seria do prémio que o João ganhou num concurso ?!
ou seria do champanhe com que saudamos o feito ?!
ou seria da gente?!!
ah!
foi por ter sido um encontro blogueiro abençoado pelo Eduardo tão distante e no entanto presente nem que fosse por ter enviado aqueles sete quilos de prémio - que gesto lindo! e o discurso lido pelo Jorge!
terão quase chorado...
choro eu sempre e sobretudo a andar de barco com levante!
mas isso foi na manhã seginte, e só a Bal, aí num comentário, me compreendeu e eu que nem percebi que a moça precisava, na aflição das ondas, da mão de um marido nem que fosse emprestado (Fernanda, tás vendo os egoismos da gente?!)
é que o mar estava uma cama de hotel sem hóspedes, mas era antes de sair a barra - mar chão diria alguém que não soubesse que ainda ia a navegar na ribeira de Bensafrim...
que em ela acabando... em chegando o mar de levante...  dava para fazer fita como fez a Fernanda (foi fita, sim senhora!!! !) a enfiar a cabeça no colo do Jorge e este coitado a segurar o estômago e eu ali no banco seguinte a fazer-me forte: ai José Domingos que nem és blogueiro, ainda bem que vieste senão a quem me agarraria eu?!
lá na proa, a Mena e o Menères a ver as vagas e a fazerem montes de fotografias, nem deram pela angustia que ia pela ré onde o senhor José guiava o barco a rasar as cristas das ondas e quase a tocar nas rochas e nas entradas das grutas (tão lindas, não são? as rochas da nossa baía?!)
e o Fernando e a sua esposa Teresa que são uma simpatia foi uma pena que, sendo ele marinheiro (percebi assim ou ouvi mal cá do fundo da mesa no dia sete?!) não tivessem experimentado  o nossso mar encapelado, que ele daria um bom apoio a quem queria que o barco voltasse para Lagos mal saiu a barra (quem se terá atrevido, sequer em pensamento, a estragar um passeio memorável?!)
e foi assim nos dias sete e oito, mais coisa menos coisa, que eu não tenho o poder de mostrar o que nos vai na alma e, se tivesse, teria pejo que neste encontro isso seria coisa demasiada
assim, foi o que se me aprouve dizer fora um pormenor ou outro, como seria a doce Claire a ver, no lixo que boiava na baia - infelizmente há disto - mensagens que os deuses enviavam para ela em garrafas de litro...
o almoço não terá sido o ponto alto se bem que sendo na casa do Baco
não foi decerto, que cada momento do encontro foi para cada um o Everest (exagero?!)
mas que o almoço foi um bocado bem passado, isso foi! e sobretudo bem regado com sangrias que andavam a passo ... não é assim, Jorge?!
a todos os que disse, e mais à Zamira a quem envio um beijinho, o meu muito obrigada!

e especiais beijos e enormes abraços à Olívia!!
grande compincha essa menina que tem uns maravilhosos doze anos e meio  no dia oito deste Agosto!

e do passeio pela cidade não sei nada, que fui do almoço direitinha para casa...mas espero que me contem por aí em fotos...
a quem  quiser saber e ver mais, vá ver espreitar na Claire  que terá indicações

13 comentários:

Anónimo disse...

Pelas fotos o mar estava calmo! Claro na hora do mar grosso ninguém pegou na máquina para fotografar!!!! srsrs
Ótimo relato!

Claire-Françoise Fressynet disse...

Então como explicar que aos 22 passos fui direitinha a ti a chamar-te pelo nome ~ e a Bal que num jeito de anca ia dançando como um sempre em pé

Jorge Pinheiro disse...

Boa Fátima. Grande relato. Agora falo eu do passeio que nos ia matando mais que as vagas alterosas. E a sangria chegou...

Mena G disse...

Pois...Estava um bocadinho "levantado" o tal de Levante... Mas também não foi assim tão mau!:)

Voar sem Hasas disse...

Querida Fátima,

um texto que irei guardar... com muito carinho.

As fotos ajudam a manter a memória mais viva, mas as palavras bem escritas retratam as emoções que o coração apaga e substitui por novas.....


destas não me esquecerei

bem hajas,,,,

jinhos (minha amiga do mar)

vieira calado disse...

Agradecia-te me enviasses os endereços dos blogueiros de fora que queria fazer uma postagem com as respectivas ligações.

Tá bem?

js

Anónimo disse...

Como sempre ....mto bem descrito...ehehe, mas essa da fita não vale!!!! No princípio estava mesmo aflita. Depois passou-me pois o Jorge não tinha mãos para mim!!!! E eu...que remédio... tive que me aguentar estóicamente só, naquele mar alteroso que as fotografias não mostram!!!! Mas valeu ver-te de mãos dadas !!!...E por acaso não falaste em linguados??? Pareceu-me.....
Fernanda

Fátima Santos disse...

Calado
lê o rodapé do meu post (este) onde está escrito claire clica e vai dar ao blog dela que tem todos os endereços
abraço
Anónimo/a
ele deixou-te damão?!!malçoade!!
beijocas Fernanda

Fátima Santos disse...

Calado
lê o rodapé do meu post (este) onde está escrito claire clica e vai dar ao blog dela que tem todos os endereços
abraço
Anónimo/a
ele deixou-te damão?!!malçoade!!
beijocas Fernanda

João Menéres disse...

FÁTIMA
Amanhã volto para comentar estes teus posts!
Hoje, por razões imprevistas, não posso continuar.

Um beijo enorme!

Li Ferreira Nhan disse...

Fátima,
estou a correr por caminhos dos-amigos-do-encontro-de-Lagos...
Tem sido ótimo.
Cheguei aqui!
Tua narração é única.
Teu apurado e fino observar nos presenteia com uma crônica inteligente, atenta, bem humorada e afetuosa. Delícia de ler.
Parabéns!
Delícia também te ver em imagens descontraidas nas fotos dos incansáveis "paparazzi".
Eu aqui,
morri de vontade de estar aí!
Um beijo

João Menéres disse...

FÁTIMA

Hoje já é o dia 16...
Acredita que não estou em condições para COMENTAR este teu magnífico post tão gracioso, tão original.
Depois te explicarei.

Um beijo muito grande.

Jorge Pinheiro disse...

E os linguados?

adoro estes espectáculos - este é no mercado de Valência

desafio dos escritores

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meu honroso quarto lugar

ABRIL DE 2008

ABRIL DE 2008
meu Abril vai ficando velhinho precisa de carinho o meu Abril

Abril de 2009

Abril de 2009
ai meu Abril, meu Abril...




dizia ele

"Só há duas coisas infinitas: o Universo e a estupidez humana. Mas quanto à primeira não tenho a certeza."
Einstein