sexta-feira, 4 de agosto de 2006

os meus parabéns



Ontem foi há muito tempo
E passou num instante
Nem anos
Nem meses
Nem décadas
Pequenos nadas
Esquecimentos
A vida da gente.

Hoje já foi há um ror de anos.

Eras pequeno, uma criança
Vestias o bibe e calçavas as botas
Dormias onde te davam.
Que sofrer sofrias,
Menino
Que dizer dizias?
Cresceste um poucochinho
Vestiste a farda que te deram
Que pensar pensavas,
Rapaz
Que homem te querias?
Cruzaste o mar na guerra
Que viver vivias,
Soldado
Que vida almejavas?


Amaste a mulher, amante, esposa
Amaste a minha mãe.

Hoje, no dia dos teus oitenta e oito anos
Eu te digo, descansa
Senta-te e ri baixinho
A tua vida é tudo o que sonhavas.


3 comentários:

wind disse...

Escritora, bonito poema e prenda para o teu pai:)
Gostei de estar contigo escritora e quanto às fotos "seilá" quando tas mando:)
Muitos parabéns para o teu pai, felicidades e desta vez os beijos são só para ele:)*****

Anónimo disse...

Há quanto tempo... Tenho andado um pouco afastada dos blogs por diversos motivos mas lembro-me várias vezes de ti. Como sempre adorei a tua escrita. Parabéns para o teu pai e que tenha um resto de vida plena de amor. Beijinhos

Isaac disse...

Tua sensibilidade e nosso enlevo diante desses versos dispensam quaisquer comentários...

adoro estes espectáculos - este é no mercado de Valência

desafio dos escritores

desafio dos escritores
meu honroso quarto lugar

ABRIL DE 2008

ABRIL DE 2008
meu Abril vai ficando velhinho precisa de carinho o meu Abril

Abril de 2009

Abril de 2009
ai meu Abril, meu Abril...




dizia ele

"Só há duas coisas infinitas: o Universo e a estupidez humana. Mas quanto à primeira não tenho a certeza."
Einstein