foto daqui
Não bordes o teu nome no enxoval.
Menos ainda o bordes ao de outro cruzado.
Sabes lá tu para que servem os lençóis!
Que assim os chamas tu!
Ligaduras de guerra, podem ser
e, com os nomes gravados,
tás a ver!
Nunca bordes teu nome no enxoval.
Nas toalhas de turco ou de alinhado,
a vir o teu nome bordado e,
sendo, o dos dois cruzado,
que mal que ficaria limpando o corpo
um teu amante ou,
por um qualquer acidente,
o homem do talho ou a mulher da padaria.
Não bordes o teu nome, sabes?
Não o bordes
nem mesmo naqueles toalhetes privados.
Não bordes o teu nome em qualquer lado.
(Borda o teu nome apenas, em duas letras discretas, num anel, numa caneta.)
12 comentários:
Olha que esta tá bem alembrada! Até o carteiro (aquele que toca sempre duas vezes) o que diria ao limpar o corpo a um lençol de banho com os nomes cruzados de Adozinda G. & Deodato S.?!
Como sou pouco de bordar
pensei ca para comigo, ora se ela aconselha a não o fazer! Muito bem lembrado, por acaso como o faço sempre pela calada! (Atenção foram tuas as palavras...) Pensei ca para comigo que até era boa ideia deixar aqui bordado o meu nome...
A l e x a n d r e F e r r e i r a
Ficou bonito? Diz lá! HUm eu sabia que até tinha jeitinho
Beijo Setubalense para uma mulher Algarvia que deve ter inventado o rir. Adorei aquele dia em Santarém, adorei conhecer-te, mas não adforei aquela boca foleira de este tipo faz pela calada e come a sopamas é...
genial é o que tu és.
xausito
gostei do teu texto
E mais tens razão.
beijos amigos
Olha um clone do Cutileiro... ;-)
Bordar ou não bordar, eis a questão.
Um abraço. Augusto
Escritora, num aparente simples poema, escreveste grandes verdades!:)
beijos
Sinceridade ou ironia?
Em qualquer dos casos gostei do teu poema poligâmico...
Um beijo.
... prontos, já percebi. estamos numa de modas & bordados, né?!
Aqui vai uma quadrinha prá´nimar:
Teu nome está bordado
em lenço de estimação
também bordado a seu lado
está o meu coração.
Tás a ver mulher?! É canjinha de galinha!!
Ah! Essas linhas que nos escapam aos dedos assim como o tempo nos abandona às impressões do irreal...
Tantos blogues que gostava de ver e ler, outros tantos em que passo e nem sequer os chego a ver. Mas existem outros, que não nos cansamos de os ler, porque em cada palavra saboreia-se a nostalgia tranquilizadora de cada mensagem que nos enriquece o saber sem nunca chegarmos a agradecer... O tempo é sempre o grande culpado destas contrariedades, mas por vezes a preguiça também ajuda.
As desculpas só serão válidas quendo verdadeiras.
Um beijo
Seila, gostei muito do seu poema. Queria saber se permites que eu coloque no meu blog, informando a autoria, é claro. Tem muito a ver com um comentário que minha irmã estava fazendo hoje, sobre quem faz tatuagens, com nome do amante, amado, amor. E se ele acaba, se vai embora, se terminam tudo? como fica o próximo a beijar seus pés, lendo o nome do anterior, gravado a fundo na pele?
Sou brasileira, moro em Santos, São Paulo. Bjs.
Esqueci que para contato o multiply é complicado. Segue meu e-mail pessoal: verahl@uol.com.br.
bjs.
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