A porra do sutiã sem sair do sítio. Deixo cair as alças, uma de cada ombro e rodo-o por de debaixo do peito. Depressa, queria eu. E parecia que o fazia depressa. A merda do fecho sem se soltar. Porque raio usava eu aquele cangalho a apertar-me as costas, a fazer as poucas carnes sobressaírem das blusas justas. Uma merda, aquele intricado macho-fêmea a não querer sair do aconchego. Se calhar também se penetram com prazer e eu ali a estragar o arranjinho todo, a dar-lhes pressa. Desencaichou-se o segundo colchete. A bata verde descartável sobre as minhas maminhas.
Sentei-me na borda do banquinho naquele paralelepípedo com duas portas. Uma porta de entre minha senhora dispa a parte de cima, vista esta bata e aguarde até a chamar. A outra porta de Sr.ª dona entalando o meu nome com um pode entrar.
E eu entrando a despertar um sorriso que nem era para mim mas apenas a forma de emparelhar o meu corpo e o chamado Sr.ª dona seguido do meu nome. O sorriso descaiu na pressa da bata retirada.
As mãos a colocarem o meu braço como se não fosse meu, a agarrarem a mama como se fosse coisa, a entalá-la. A minha maminha esborrachada. E eu respirando de sopro e a lágrima querendo escorregar. Seguro-me a mim mesma. Raio de merda de mulher.
E a voz quietinha, não mexe, não respira. E uma eternidade a passar. Onde anda o ar e o raio do coração a bater tão depressa. Descontrai-te, caramba. Eu a tentar ouvir-me. A tentar pensar nas ternuras que o meu ele lhes faz. Hoje elas merecem, mais que nunca, que ele mas beije, e sugue e morda.
E a voz pode respirar. E de novo as mãos e a placa fria apertando.
Que merda vivermos neste século de tecnologias e podermos saber tudinho antes de termos que morrer – porque temos mesmo que morrer. Teremos mesmo que ir vivendo.
A voz. Quietinha. Não respira. Não mexe. Não respira.
Ai que não aguento. Ai que não consigo. A seguir vou comer um gelado enorme. E talvez chore um bocadinho. Ou talvez não. Afinal isto é só um exame de rotina.
Pode respirar.
Desentala-se a mama.
Vista a bata. Aguarde no gabinete até a chamar.
De novo sentada no paralelepípedo de duas portas.
Sentei-me na borda do banquinho naquele paralelepípedo com duas portas. Uma porta de entre minha senhora dispa a parte de cima, vista esta bata e aguarde até a chamar. A outra porta de Sr.ª dona entalando o meu nome com um pode entrar.
E eu entrando a despertar um sorriso que nem era para mim mas apenas a forma de emparelhar o meu corpo e o chamado Sr.ª dona seguido do meu nome. O sorriso descaiu na pressa da bata retirada.
As mãos a colocarem o meu braço como se não fosse meu, a agarrarem a mama como se fosse coisa, a entalá-la. A minha maminha esborrachada. E eu respirando de sopro e a lágrima querendo escorregar. Seguro-me a mim mesma. Raio de merda de mulher.
E a voz quietinha, não mexe, não respira. E uma eternidade a passar. Onde anda o ar e o raio do coração a bater tão depressa. Descontrai-te, caramba. Eu a tentar ouvir-me. A tentar pensar nas ternuras que o meu ele lhes faz. Hoje elas merecem, mais que nunca, que ele mas beije, e sugue e morda.
E a voz pode respirar. E de novo as mãos e a placa fria apertando.
Que merda vivermos neste século de tecnologias e podermos saber tudinho antes de termos que morrer – porque temos mesmo que morrer. Teremos mesmo que ir vivendo.
A voz. Quietinha. Não respira. Não mexe. Não respira.
Ai que não aguento. Ai que não consigo. A seguir vou comer um gelado enorme. E talvez chore um bocadinho. Ou talvez não. Afinal isto é só um exame de rotina.
Pode respirar.
Desentala-se a mama.
Vista a bata. Aguarde no gabinete até a chamar.
De novo sentada no paralelepípedo de duas portas.
As tuas mãos enrolando-me os seios, os mamilos acariciados entre dois dedos.
Inventem um aparelho que dê prazer enquanto examina. Que raio de tecnologia.
A voz. Pode vestir-se.
O sutiã, a blusa, as calças, a mochila. E eu na rua.
Eu lambendo um gelado.
Tu chegando. Lambemos juntos o gelado.
Andamos.
Inventem um aparelho que dê prazer enquanto examina. Que raio de tecnologia.
A voz. Pode vestir-se.
O sutiã, a blusa, as calças, a mochila. E eu na rua.
Eu lambendo um gelado.
Tu chegando. Lambemos juntos o gelado.
Andamos.
A tua mão esgueira-se pelo decote e acaricia-as de leve sobre o sutiã de novo acolchetado.
9 comentários:
Tão bem retratada esta angustia e maravilha de ser mulher. Um texto belissimo, eu até pude sentir-me a ser entalada.
Os meus convites de fim de semana estão à espera de dias menos negros para sair cá para fora. de um coração menos frio para respirarem. mas hão-de voltar um dia. ;)
beijinhos amiga
É mesmo como descreveste. Dói para caramba:) Deliciosa a maneira como juntaste a parte amorosa, carinhosa:) beijos
k bela imagem-retrato aqui nos ofertas, a nós mulheres k passamos por isto e aos homens k, se calhar, nunca tal haviam pensado. Belíssimo. Bom f.s amiga. Bjs. Luz e paz
... lendo os teus textos, não se pode falar de escrita rotineira . Há sempre uma estória do quotidiano contada de forma bem original. E com marca própria.
Bom fim de semana!!
Vc é simplesmente fantástica!
Eu que não tenho maminhas até fiquei arrepiado.
Um abraço. Augusto
Caramba, descreves isso tão bem que me lembrei logo do raio da dor que aquilo faz. Mas será que em todo o lado dizem a mesma coisa também? :)´
A parte final já me agrada mais... :)
Ser mulher é uma terrível dualidade e "passas" isso para nós de forma perfeita.
Beijão
Só de ler fiquei com resao
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